Estressar-se durante a gravidez pode prejudicar o bebê?
As mulheres já sabem que tudo o que consomem, vai direto para seu filho. Por essa razão, parece lógico pensar que estressar-se durante a gestação, de alguma forma, pode prejudicar seu bebê. A ideia amplamente disseminada segundo a qual o estresse pode afetar o desenvolvimento do feto e, portanto, deveria ser evitado a todo custo pode parecer fruto da sociedade moderna em que vivemos, onde a tecnologia torna possível estudar cada piscadela e soluço do feto e todos pedem que as mulheres ponham a saúde do bebê acima de tudo.
Porém essa ideia já circula há séculos e perpassa a ficção, o folclore e outros textos religiosos. Mas somente no final do século XX, finalmente fomos capazes de investigar cientificamente essa ideia, e o que os estudos revelaram é surpreendente - embora um pouco de estresse e ansiedade também possa ser benéfico.
Não existe ligação neural entre mãe e feto, por isso o estresse tem de afetar o feto de alguma forma indireta, e acredita-se que faça isso de duas maneiras - a primeira é graças à uma queda na irrigação sanguínea do feto, o que pode privá-lo de oxigênio e nutrientes. A outra é devido a passagem de hormônios relacionados com o estresse através da placenta. Certos hormônios do estresse como a cortisona, são necessários para o desenvolvimentos dos órgãos e do próprio feto, mas eles também podem prejudicar quando seu fluxo é interrompido ou se eleva demais.
Grande parte das evidências de que o estresse materno pode provocar danos de longo prazo e problemas de comportamento vem de estudos com animais. A maioria dos cientistas não leva totalmente a sério a extensão desses estudos para as pessoas, já que as situações estressantes que eles empregam - imobilização física, exposição prolongada a música alta -não simula com exatidão (acredita-se) as sensações sentidas pelos seres humanos em situações reais.
Não obstante, tem sido realizados alguns poucos estudos que mostram que o sofrimento materno pode levar a defeitos no feto e mudar seu desenvolvimento. Um exemplo poderoso: Um estudo realizado por uma equipe na Faculdade de Medicina Monte Sinai, observando 187 mulheres grávidas que viviam perto do World Trade Center no 11 de Setembro ou escaparam de lá. As mulheres que apresentaram sintomas mais agudos de estresse pós-traumático deram à luz a bebês com circunferências cranianas menores, um sinal de que as crianças sofreram atraso no desenvolvimento cognitivo.
Porém uma típica mulher grávida que vive num país pacífico não passará nem perto de algo traumático. O estresse que a maioria das mulheres grávidas enfrentam no dia a dia é moderado e tende a se manifestar em áreas como trabalho, família e vida pessoal. Quando, recentemente, um grupo de pesquisadores da Universidade John Hopkins e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos tentaram examinar o impacto de longo prazo de diferentes níveis de estresse sobre o feto, ficaram chocados.
O estudo que acompanhou 137 mulheres grávidas saudáveis com gravidez normal, constatou que aquelas que tinham relatado níveis relativamente moderados de estresse tiveram filhos ligeiramente mais avançados, mental e motoramente falando, aos dois anos que as demais - uma descoberta que contradiz muitas das suposições feitas a partir dos estudos anteriores realizado com animais.
Uma possibilidade é que a cortisona em níveis moderados é extremamente benéfica. Outro é que as mulheres que lidam com alto nível de estresse são as mais empreendedoras e, portanto, apresentam maior probabilidade de estimular seus filhos.
Uma coisa é fato. Grávidas não devem ser preocupar com o fato de estarem preocupadas!
Porém essa ideia já circula há séculos e perpassa a ficção, o folclore e outros textos religiosos. Mas somente no final do século XX, finalmente fomos capazes de investigar cientificamente essa ideia, e o que os estudos revelaram é surpreendente - embora um pouco de estresse e ansiedade também possa ser benéfico.
Não existe ligação neural entre mãe e feto, por isso o estresse tem de afetar o feto de alguma forma indireta, e acredita-se que faça isso de duas maneiras - a primeira é graças à uma queda na irrigação sanguínea do feto, o que pode privá-lo de oxigênio e nutrientes. A outra é devido a passagem de hormônios relacionados com o estresse através da placenta. Certos hormônios do estresse como a cortisona, são necessários para o desenvolvimentos dos órgãos e do próprio feto, mas eles também podem prejudicar quando seu fluxo é interrompido ou se eleva demais.
Grande parte das evidências de que o estresse materno pode provocar danos de longo prazo e problemas de comportamento vem de estudos com animais. A maioria dos cientistas não leva totalmente a sério a extensão desses estudos para as pessoas, já que as situações estressantes que eles empregam - imobilização física, exposição prolongada a música alta -não simula com exatidão (acredita-se) as sensações sentidas pelos seres humanos em situações reais.
Não obstante, tem sido realizados alguns poucos estudos que mostram que o sofrimento materno pode levar a defeitos no feto e mudar seu desenvolvimento. Um exemplo poderoso: Um estudo realizado por uma equipe na Faculdade de Medicina Monte Sinai, observando 187 mulheres grávidas que viviam perto do World Trade Center no 11 de Setembro ou escaparam de lá. As mulheres que apresentaram sintomas mais agudos de estresse pós-traumático deram à luz a bebês com circunferências cranianas menores, um sinal de que as crianças sofreram atraso no desenvolvimento cognitivo.
Porém uma típica mulher grávida que vive num país pacífico não passará nem perto de algo traumático. O estresse que a maioria das mulheres grávidas enfrentam no dia a dia é moderado e tende a se manifestar em áreas como trabalho, família e vida pessoal. Quando, recentemente, um grupo de pesquisadores da Universidade John Hopkins e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos tentaram examinar o impacto de longo prazo de diferentes níveis de estresse sobre o feto, ficaram chocados.
O estudo que acompanhou 137 mulheres grávidas saudáveis com gravidez normal, constatou que aquelas que tinham relatado níveis relativamente moderados de estresse tiveram filhos ligeiramente mais avançados, mental e motoramente falando, aos dois anos que as demais - uma descoberta que contradiz muitas das suposições feitas a partir dos estudos anteriores realizado com animais.
Uma possibilidade é que a cortisona em níveis moderados é extremamente benéfica. Outro é que as mulheres que lidam com alto nível de estresse são as mais empreendedoras e, portanto, apresentam maior probabilidade de estimular seus filhos.
Uma coisa é fato. Grávidas não devem ser preocupar com o fato de estarem preocupadas!