Teletransporte do Star Trek na verdade seria como “copiar, desintegrar e colar” uma pessoa
Mais eficiente que poder voar como um pássaro – com a desvantagem de não ter a bela vista -, um desejo frequente da humanidade é poder se teletransportar. Quem precisa passar por aeroportos, rodoviárias ou por algum terminal de ônibus local (também conhecidos como centros de tortura em massa) já deve ter se perguntado pelo menos uma vez quando o teletransporte vai virar uma realidade.
Mas você já parou para pensar como seria ser escaneado, desintegrado e ter todos os seus átomos reorganizados em outro local? Essa pessoa que aparece no outro ponto seria a mesma pessoa que foi escaneada ou apenas uma cópia? Como garantir que todas as suas memórias, experiências e personalidade permaneceriam intactas se a única pessoa que as conhece bem é você mesmo? Afinal de contas a cópia até pode pensar que é você, mas já que o “você” original desapareceu, como ela vai saber que ficou diferente? Que confusão!
O youtuber americano especializado em vídeos educativos CGP Grey criou uma animação para explicar todas estas questões práticas e filosóficas do teletransporte. O tipo de teletransporte, porém, não é qualquer um. Ele se inspirou na tecnologia apresentada em Star Trek.
Outro você ou o mesmo você?
Tecnicamente, sua aparência, a estrutura do seu cérebro e até o seu padrão de pensamento se manteriam iguais depois da reorganização dos seus átomos, mas aqui surge a questão: a pessoa que foi teletransportada é a mesma de antes ou é apenas uma cópia?
Se você concluir que é uma cópia, então isso significa que o teletransportador não passa de uma cabine de suicídio, já que a pessoa original é desintegrada.
Outra forma de ver esta reorganização dos átomos é comparar com o que já acontece naturalmente com qualquer pessoa. As células do seu corpo já morreram e foram substituídas várias vezes desde o nascimento. Isso significa que você não é mais você?
Mecânica quântica
Outro vídeo do Minute Physics se inspirou em CGP Grey para discutir a mecânica quântica, que ainda nem existia quando o Star Trek foi filmado. Com a ajuda dessa parte da física, seria possível que a informação quântica – moléculas, átomos, elétrons, prótons e partículas subatômicas – fosse transmitida.
Para fazer isso, porém, seria necessário destruir todo o material original para que a informação fosse acessada. Assim, seria impossível manter a pessoa original intacta. [IFLScience]