A próxima vez que você ter que suportar uma estadia entediante na sala de espera de um médico, seja grato você viver no início do século 21. Mesmo que a medicina moderna ainda seja algo assustador em alguns casos, estes tratamentos francamente aterrorizantes ou perigosos eram comuns no passado.
1. Perfurando o crânio para combater enxaqueca

Tem uma enxaqueca? Talvez você sentiria melhor se um médico perfurasse um buraco em seu crânio – sem anestesia. Mas provavelmente não. O processo de perfurar intencionalmente um buraco no crânio – conhecida como trepanação – já foi considerado a melhor opção para convulsões epilépticas, transtornos mentais e lesões na cabeça, e envolvia alguns dos instrumentos médicos mais surpreendentemente assustadores que você já viu. Tal prática acontece pelo menos desde os tempos neolíticos, e algumas pessoas realmente acreditam que ele teria lugar na medicina moderna.
2. Ganchos de metal e cirurgia pela parte traseira para remover pedras na bexiga
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Pedras na bexiga são dolorosas o suficiente por conta própria, especialmente quando elas impedem a urina de deixar o corpo. Mas imagine se seu médico lhe dissesse que, a fim de removê-las, ele teria que colocar um gancho de metal rígido em sua uretra. Mas se você acha que isso soa ruim, o procedimento tradicional era muito pior: depois de forçar um paciente em uma posição ‘jack-knife’, pressionado por dois assistentes, o médico iria trabalhar a pedra em direção à entrada da bexiga e, em seguida, cortá-la através do ânus.
3. Curando hemorróidas com ferro quente
Nos casos mais graves de hemorróidas, drenar o sangue através de incisão e, em seguida, cauterizar a ferida é um método doloroso, mas eficaz, usado na medicina moderna. Mas no passado, eles não tinham anestésicos ou lasers para fazer a cirurgia. Os médicos usavam um ferro quente naquele lugar para queimar as veias inchadas e “curar” o paciente.

4. Xarope de heroína para crianças com tosse
A heroína é conhecida hoje como uma das substâncias mais viciantes do mundo, mas poucos sabem que ela era realmente vendida pela Bayer como um supressor de tosse para crianças. Os cientistas acreditavam que era uma alternativa à morfina, mas é claro que foi logo provado que eles estavam errados. A heroína era vista como uma dádiva de Deus para quem sofria de tuberculose, incluindo crianças. Em 1913, hospitais fervilhavam com pacientes viciados no remédio, e a Bayer decidiu parar de fazê-lo.
5. Picador de gelo para o cérebro
Como curar os doentes mentais? Retire suas “emoções extras cortando um pedaço de seus cérebros”. Como a trepanação, a lobotomia era feita através da perfuração de um buraco na cabeça, mas o psiquiatra Water Freeman rapidamente “melhorou” o procedimento utilizando picador de gelo. O procedimento era feito após render o paciente inconsciente por meio de choques elétricos, e levava apenas dez minutos, mas os resultados variavam enormemente, a partir do bem-sucedido até o trágico. Seu uso diminuiu conforme antipsicóticos eficazes se tornaram disponíveis na década de 1960.
6. Malária como tratamento para sífilis
A malária mata mais de três milhões de pessoas por ano, e muitas comunidades pobres sofrem muito com a propagação desta doença transmitida por mosquitos. Mas na década de 1920, um médico descobriu que a malária tinha um efeito colateral interessante: matava a sífilis, uma doença comparativamente menos insidiosa que, no entanto, tem uma taxa de letalidade de 100%, uma vez que afeta o cérebro. A febre da malária atinge temperaturas elevadas o suficiente para matar a bactéria que causa a sífilis. Enquanto o Dr. Julius Wagner-Jauregg ganhou o Prêmio Nobel de 1927  por essa descoberta, ela não é mais considerada uma grande opção de tratamento, para dizer o mínimo.
7. Coma de açúcar para esquizofrenia 

Como uma lobotomia induzida por glicose, comas deliberadas de insulina eram concebidas para mudar as personalidades das pessoas com esquizofrenia. Infelizmente, elas eram geralmente fatais. Na década de 1940, clínicas psiquiátricas (particularmente na Alemanha) privavam cérebros de glicose, o combustível à base de açúcar que o cérebro necessita para funcionar e, em seguida, “re-despertavam” o cérebro com uma injeção de glicose. Este processo tinha um efeito tranquilizante – porque ele estava causando graves danos cerebrais.
8. Cura chocante para impotência

Se uma determinada parte do corpo masculino não estivesse funcionando como deveria, talvez, um choque de eletricidade seria bem-vindo. Isso é o que os médicos acreditavam por volta de 1800, quando “terapia elétrica” era uma panaceia popular. “É especialmente nos órgãos genitais que a eletricidade é superiormente notável. A impotência desaparece, a força e o desejo de juventude retornam, e o homem pode se tornar 15 anos mais jovem”, escreveu um historiador médico. Mas tão chocante que possa parecer, cientistas modernos israelenses acreditam que ainda é uma ideia válida. A sua investigação mostrou que ondas de choque elétrico podem induzir o crescimento de vasos sanguíneos.
9. Para curar a gagueira, basta cortar a língua
Simples assim, pelo menos para os médicos do século 18. Se você gago fosse naquele época, corria um risco considerável de ficar sem uma parte da língua. E esses eram os materiais usados no procedimento macabro inventado pelo alemão Johann Friedrich Dieffenbach, que acreditava que a gagueira era causada por espasmos na “caixa de voz” que ressoavam no comprimento da língua. Desse modo, o tratamento era feito retirando um pedaço do órgão.
Obrigado ciência por ter evoluído a medicina! [WebEcoistMegacuriso]