Dados estimam que até 6% da população feminina possui um seio extra. A condição é conhecida como "polimastia", ou mama adicional.
Mas, isso não significa que, potencialmente, milhões de mulheres estão andando com 3 seios perceptíveis. A anomalia pode variar de minúsculos pedaços moles, sem mamilos, até peles desfiguradas e desconfortáveis. Um desses casos foi apresentado esta semana em um estudo na British Medical Journal.
O relatório detalha uma mulher de 41 anos, da Índia, cujo seio esquerdo teve um inchaço durante a última década, após a sua primeira gravidez. Apesar da desfiguração grave no final deste período, a mulher decidiu não procurar atendimento médico e tornou-se socialmente retraída, temendo a reação das pessoas e o estigma social. A única razão pela qual ela acabou indo para a clínica foi porque começou a sofrer fortes dores em seu braço e ombro esquerdo, devido ao elevado peso do seio, relatou o autor do estudo, Dr. Bharati Hiremath.
Quando chegou ao hospital seu seio esquerdo tinha cerca de três vezes o tamanho do direito, e um exame revelou um pequeno mamilo adicional.  Na ausência de tais condições, seios adicionais são difíceis de serem identificados. Quando a equipe médica realizou uma ecografia, uma grande massa de tecido, similar em consistência com o seio esquerdo, foi encontrado, com algumas distinções. “Este caso foi particularmente extraordinário e é provavelmente o primeiro caso relatado de um gigante adicional de mama neste local”, disse Hiremath.
Com ausência de quaisquer sinais de câncer, a mulher foi submetida a uma mastectomia para remover a mama adicional juntamente com o seu mamilo. De acordo com Hiremath, a cirurgia levou cerca de duas horas e a massa adicional removida pesava cerca de 700 gramas. Três dias depois, ela foi liberada e, em seis meses, ela não tinha mais sintomas e informou estar feliz.
Não são apenas as mulheres que podem ser afetadas por este problema congênito, presente desde o nascimento. Entre 1% e 3% dos homenstambém possuem a condição, e cerca de um terço de todas as pessoas com ‘polimastia’ possuem mais de uma área de tecido extra em crescimento. Todas as etnias parecem ser afetadas de forma igual, porém, com taxas de ocorrência variando significativamente entre as populações. Em caucasianos, por exemplo, apenas 0,6% dos indivíduos sofrem, enquanto a condição é encontrada em cerca de 5% das mulheres japonesas.
Tal tecido extra é normalmente encontrado em torno da linha de tecido mamário, que pode se transformar em seios, estendendo-se por todo o caminho até a virilha, mas também pode aparecer nas costas, coxa, nádegas, rosto e até mesmo orelhas, bem como sola dos pés. Estranhamente, alguns estudos mais antigos encontraram associações entre mamilos extras e anomalias renais, embora houvessem falta de dados recentes para apoiar esta hipótese.