Autoridades invadiram uma pequena fábrica em Pequim, China, que produzia mais de 20 mil toneladas de sal industrial tóxico e as vendia em sete cidades e províncias diferentes.
Um total de 22 pessoas foram presas na operação que durou quatro meses, liderada pelo Ministério de Segurança Pública da China e realizada pela polícia de Pequim e Jiangsu.
A minifábrica de oito metros quadrados, localizada no distrito de Daxing da capital, conseguiu distribuir 20 mil toneladas de sal industrial ao longo dos últimos sete anos, que foram, em seguida, reembaladas como sal refinado comestível e vendidas em pequenas aldeias da cidade, além de Tianjin, Jiangsu, Henan, Hebei, Anhui e Shandong.
O "sal falsificado" continha vestígios de nitrito, que é usado como conservante em produtos de carne, de acordo com o Global Times. A ingestão excessiva de nitrito é considerada tóxica e 20 mil toneladas constitui o consumo anual de 5 milhões de habitantes de Taizhou, em Zhou Lugang, disse o vice-diretor da Taizhou Salt Administration Bureau, ao jornal The Beijing News.
"Os lucros são enormes", disse Zhu Jinhua, funcionário da Secretaria de Segurança Pública de Taizhou. "O sal era comprado por 400 a 450 yuans (200 a 230 reais) por tonelada, podendo ser vendido por 800 a 1.000 yuans (400 a 500) por tonelada, após rotular a mistura como sal refinado", completou.
Fan Zhihong, professor da Escola de Ciência Alimentar e Engenharia Nutricional da Agricultural University da China, disse que a maior parte do sal contaminado acabou em fábricas de processamento de alimentos, em vez de lojas de mantimentos e que, embora muitos tipos de sais industriais contenham alguns níveis de nitrito, a ingestão limitada e controlada não causa morte.