5 provas da evolução que estão no seu próprio corpo
Seu corpo pode ser encarado um “museu” de história natural. Olhe de perto e você poderá ver coisas que não estão ali porque você precisa delas, mas porque seus ancestrais precisaram. Sem ter a função que tinham antigamente, mas sem ter desaparecido ainda, esses remanescentes de nossa história só fazem sentido pelo ponto de vista da evolução pela seleção natural.
Palmar longo
Você pode fazer um experimento em casa. Apoie seu braço em uma mesa, com a palma da mão virada para cima e junte o dedo polegar com o dedinho. O tendão que você vê se levantar no seu pulso (ou não) é uma dessas estruturas que hoje em dia já não têm nenhuma função para nós, e que em 10% a 15% das pessoas não podem ser observadas.
Aliás, quando um paciente precisa de um enxerto de alguma parte do corpo, os médicos escolhem o palmar longo para ser retirado. Sua ausência não traz nenhuma desvantagem para a pessoa.
O palmar longo é encontrado em espécies que usam os quatro membros para se movimentarem. Esse músculo é mais longo em lêmures e mais curtos em chipanzés, gorilas e outros primatas que preferem o chão às árvores.
Movimentação das orelhas
O palmar longo não é o único músculo remanescente que temos. Os três músculos ao redor da nossa orelha que eram usados para movimentá-las como os gatos fazem ainda estão ali, apesar de não serem nada eficazes para nós. Quando estimulados por um som, esses músculos ainda se movem um pouquinho, na tentativa de virar a orelha para a fonte do ruído.
Arrepios
Outro desses vestígios é o reflexo do arrepio quando ficamos com frio. Nessa situação, os pequenos músculos dos nossos pelos se contraem, fazendo com que eles fiquem de pé na tentativa de segurar o calor do nosso corpo que escapa naturalmente para o ambiente. Nossos parentes distantes peludos como raposas e ursos tiram mais vantagem desse reflexo do que nós.
Esse reflexo também aparece em uma situação em que os animais precisam lutar ou fugir para salvar suas vidas. Os pelos se arrepiam e eles parecem maiores, como acontece com os gatos assustados. Isso vem da relação do reflexo com a adrenalina. É por isso que quando ficamos emocionados com uma música muito bonita, por exemplo, ficamos arrepiados
Rabo vestigial
E ainda há o rabo. Quando ainda somos embriões nas primeiras semanas de gestação, apresentamos prolongamento das células da coluna. Os embriões humanos são bastante semelhantes aos de outros animais com rabo, como jacarés e ratos. Esse prolongamento da coluna, porém, se desmancha ainda no desenvolvimento embrionário. Algumas raras pessoas não passam por esse processo e nascem com rabo vestigial.
O reflexo mais fofo de todos
Vídeos da década de 1930 mostram bebês de um mês de vida com reflexo de preensão palmar e plantar, que se agarram com impressionante força a qualquer coisa que passe pelas suas mãozinhas e pezinhos. Eles até chegam a sustentar seu próprio peso sozinhos. [Vox]